Tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi preso nesta quarta-feira,15, pela Polícia Federal (PF). Ele estava em casa, em São Paulo. A prisão faz parte de 12ª fase da Operação Lava Jato. Secretário de Finanças o partido, o petista nega envolvimento no esquema de corrupção que atingiu a Petrobras nos últimos anos.
Vaccari vai ser deslocado pela Polícia Federal para Curitiba, de onde o juiz Sérgio Moro conduz as investigações. Além de Vaccari, a PF cumpre um segundo mandado de prisão em São Paulo. O mandado é de prisão coercitiva contra a mulher de Vaccari.
No último dia 9, Vaccari foi ouvido pela CPI da Petrobras na Câmara dos Deputados em Brasília. No depoimento, ele defendeu as doações que o partido recebeu de empresas investigadas pela Operação Lava Jato e admitiu ter se encontrado com operadores do esquema de corrupção descoberto na estatal, mas evitou explicar os contatos.
Ele havia obtido uma liminar na Justiça que o desobrigava de falar a verdade, para não produzir provas contra si.
As doações ao PT estão sob suspeita porque, segundo o Ministério Público Federal, foram uma forma de pagamento da propina que empresas deviam ao PT para manter contratos com a Petrobras.
Delatores da Lava Jato afirmaram que Vaccari era encarregado de recolher propina cobrada pela diretoria de Serviços da Petrobras. O diretor na época era Renato Duque, que tinha o ex-gerente Pedro Barusco como subordinado.
Barusco, que decidiu colaborar com as investigações, disse que parte da propina ficava com ele e outra parte ia para o PT. Em depoimento à CPI da Petrobras, o ex-gerente disse que ele e Duque se reuniam com Vaccari em hotéis para tratar da propina.
Logo após depoimento de Barusco, a secretaria de Finanças do PT divulgou nota contestando as acusações delo ex-gerente da Petrobras. Na nota, o PT afirmou que “Barusco não apresentou nenhuma prova ou mesmo indício que ligavam secretário João Vaccari Neto ao recebimento de propinas”. Dizia ainda que Barusco é um delator que “busca agora o perdão judicial envolvendo outras pessoas em seus malfeitos”
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