Um dos cerca de 300 desaparecidos da tragédia de Brumadinho (MG) é da Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Noel Borges de Oliveira, de 50 anos, morador de Campina Grande do Sul, estava na empresa Vale prestando serviços para uma empresa terceirizada de Pinhais, a Fugro in Situ Geotecnia, contratada para fazer análise do solo na barragem. Oliveira falou com a esposa pela última vez na sexta-feira (25), por volta das 9 horas, pelo whatsapp. Desde então, está desaparecido.
“Estamos desesperados, sem notícias dele, sem saber de nada. Meu pai falou com minha mãe na sexta de manhã pelo whats e depois não atendeu mais o telefone. Só dá fora de área. A última vez que ele visualizou o whats foi às 12h17. A gente está perdendo as esperanças a cada minuto que passa”, disse a filha Luciane de Oliveira.
Segundo ela, o pai estava na empresa Vale, em Brumadinho, há dois meses, coordenando uma equipe como encarregado de obras. “Ele era o único aqui da região de Curitiba que está lá coordenando esta equipe de 5 pessoas. os outros moram lá. Tem dois tios meus na região tentando alguma resposta”, disse a filha.
Noel Borges de Oliveria é casado, tem duas filhas e um neto. Ele é morador do jardim Santa Rosa, em Campina Grande do Sul.
A Banda B procurou a empresa Fugro in Situ Geotecnia, de Pinhais, sobre o desaparecimento do trabalhador. A empresa informou que irá se manifestar em breve. A família de Oliveira informou que está recebendo assistência da empresa em que o pai trabalha.
Buscas
Um novo boletim sobre as vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG) foi divulgado por volta das 10h30 desta segunda-feira, 28. De acordo com o levantamento, o número de mortos subiu para 60, dos quais 19 foram identificados.
O balanço informa ainda que há 292 pessoas desaparecidas e 382 pessoas foram localizadas. Até o momento, 192 pessoas foram resgatadas. Os dados são da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e das polícias militar e civil.
A barragem da mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, localizada em Brumadinho, se rompeu na tarde de sexta-feira, 25. A onda de rejeitos de minério de ferro atingiu a área administrativa da empresa e a comunidade da Vila Ferteco.
O rompimento ocorreu na Barragem 1, que foi construída em 1976 e tinha volume de 12,7 milhões de m³. Segundo a Vale, a barragem tinha encerrado as atividades há cerca de três anos, pois o beneficiamento do minério na unidade é feito à seco.
Banda B- 28/01/2019