(FOLHAPRESS)
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou que a futura vacina da dengue deve ser em uma única dose e para os quatro vírus da doença. Após autorização dada pela Anvisa a pedido do governo, Alckmin deu coletiva nesta sexta (11) sobre o início da fase de testes clínicos contra a dengue, que serão feitos em 17 mil voluntários de 12 Estados do país. O Instituto Butantan, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde, será o responsável pelos testes. O governo fala que a vacina pode ficar pronta em 2017, mas que a finalização dos testes dependem de variáveis que impossibilitam estabelecer um prazo fixo. “Dois terços das pessoas serão vacinadas e um terço, placebo. Ninguém sabe quem será vacinado e quem recebe placebo”, disse Alckmin. “Estamos com grande possibilidade de que a vacina seja uma dose única”, afirma. Poderão participar dos testes pessoas que estejam saudáveis, que já tiveram dengue ou não, que se enquadrem em três faixas etárias: 2 a 6 anos, 7 a 17 anos e 18 a 59 anos. Os testes devem começar dos mais velhos antes de chegarem às crianças. Entre os efeitos colaterais, podem estar pontinhos vermelhos pelo corpo e dor de cabeça. Os voluntários serão acompanhados pela equipe médica durante cinco anos. Estão programadas ao menos dez visitas a centros do estudo e 28 contatos telefônicos. O valor do investimento nessa fase chega aos R$ 270 milhões. De acordo com o secretário da Saúde, David Uip, o governo fará reuniões com empresas que no futuro podem atuar em parceria numa eventual fabricação do produto em escala mundial. Atualmente, o Butantan tem uma fábrica para produzir até 500 mil doses da vacina por ano – capacidade que pode ser aumentada para até 12 milhões de doses/ano com algumas adaptações industriais. O governo estadual também pretende iniciar estudos para uma futura vacina e um teste de diagnóstico em gestantes para o vírus zika.