
Por Aécio Novitski
Os transtornos do espectro autista (TEA) são uma condição com a qual uma pessoa precisa conviver ao longo da vida e que afeta a forma como ela se comunica e interage com o mundo. O nível de funções cognitivas e intelectuais de austistas varia bastante, desde um profundo comprometimento destas habilidades até impactos bem mais sutis.
Pensando nisso, um grupo de alunas do Ensino Médio do Colégio Metropolitana de Araucária criou o Autimobô que é um robô que auxilia o autista nos estudos, devido à dificuldade de concentração destas pessoas e na última terça-feira (02), Dia Mundial do Autismo, as alunas foram convidadas pela Secretaria Municipal de Educação de Curitiba a ministrar uma palestra sobre o autismo no Bairro Tatuquara e apresentar o projeto desenvolvido pelo colégio. Segundo a Diretora Márcia Katuragi, a oportunidade de difundir e auxiliar no tratamento do autismo é essencial. O projeto do robô, batizado como Autismobô atua através de um sensor de movimento que deve ser colocado em frente a uma folha de papel, a qual o autista estará estudando. “A partir disso, o robô consegue detectar a falha na concentração e, para retomar o foco da pessoa autista, emite uma voz conhecida, chamando a pessoa para voltar ao estudo”, comentaram as estudantes.
Estima-se que 1 a cada 160 crianças em todo o mundo tenha TEA, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), mas há uma enorme disparidade nos diagnósticos por gênero.
Diagnosticar o autismo também é importante porque muitos pacientes têm outros problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e autoflagelação. Um estudo realizado no Reino Unido descobriu que 23% das mulheres hospitalizadas por anorexia preenchiam os critérios diagnósticos para o autismo. Se você for o pai ou responsável por um autista, observe os interesses ‘diferentes’ da criança e aprecie a forma como eles vêem o mundo. Tenha em mente que o que pode ser fácil para você pode ser muito difícil para eles.