
Um jovem de 19 anos morreu afogado na tarde desta quarta-feira (12) na Prainha do Passaúna, em Araucária, na região metropolitana de Curitiba. Alan Ribeiro passou trinta minutos completamente submerso em um buraco de cinco metros e a tentativa de reanimação durou cerca de uma hora. Um helicóptero da Polícia Militar (PM) foi acionada para levá-lo ao hospital, mas ele não resistiu. Os pais estão inconformados e bastante abalados no local.
A Prainha do Passaúna fica na rua Francisco Knopik, no bairro Thomaz Coelho. Duas famílias do bairro Capão Raso, em Curitiba, que trabalham com recicláveis, pararam no local para aproveitar o dia quente, no início da tarde. Junto com Alan, outros três jovens entraram nas águas para ver a profundidade.
Para a Banda B, um amigo descreveu a cena que aconteceu, logo depois. “Foi tudo muito rápido, eu estava só olhando eles, estavam em quatro dentro do rio, estavam medindo a profundidade com o pé e nessa. Minha irmã foi tentar pegar ele, não deu, minha namorada deu o pé pra ele, ele chegou a pegar, mas ele foi. É muito fundo”, descreveu o amigo, que pediu para não ser identificado.
Com o jovem submerso, familiares e amigos fizeram o primeiro contato com o Corpo de Bombeiros. O Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST) foi acionado e iniciou o resgate. Socorristas e um médico do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) também foram ao local.
Assim que Alan foi encontrado nas águas com parada cardiorrespiratória, o trabalho de reanimação iniciou, com duração de cerca de uma hora. No entanto, mesmo com a chegada do helicóptero para auxiliar no encaminhamento ao hospital, ele não resistiu.
Uma moradora próxima disse que é a segunda pessoa vítima das águas da Prainha do Passaúna, em poucos dias. “Semana passada tiraram um aqui, no mesmo lugar onde ele estava. Tem muito buraco, o povo não sabe e cai, mesmo. De vez em quando eu venho aqui, eu fico na beira, não sei nadar e fico com medo. É triste demais ver isso”, disse uma moradora da região, que acompanhava o trabalho dos bombeiros.
Resgate
O tenente Bruno Zirpoli, do Corpo de Bombeiros, disse todo o suporte foi dado à vítima, mas sem sucesso. “Ele ficou, em princípio, de 25 a 30 minutos de fundo, nossa guarnição o encontrou, o retirou da água e logo iniciamos os procedimentos de reanimação, todo suporte foi dado, até mesmo a chegada do helicóptero. Mas, infelizmente, não foi possível salvar essa vítima”, lamentou à Banda B.
Esse é o quarto afogamento em apenas um mês na Represa do Passaúna. “Sempre partimos daquela premissa, local que não é guarnecido pelo serviço de guarda-vida é inapropriado para banho. Essa represa dá sensação de segurança, mas aqui uma hora está raso e adruptamente aumenta a profundidade. Foi o que aconteceu com ele, em questão de um passo, ele caiu em um poço de cinco metros”, finalizou.
O corpo de Alan será recolhido pelo Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba.