A expectativa é de que dentro de, no máximo, três dias os passageiros de Araucária voltem a pagar uma única passagem para ir até Curitiba. O retorno da integração foi garantido por meio de uma parceria entre a Prefeitura e o Governo do Estado. Os dois órgãos irão bancar os custos, algo em torno de R$ 5 milhões por ano para cada uma das partes.
Além da unificação da tarifa, de R$ 3,15 no cartão e R$ 3,30 em dinheiro, outras mudanças também serão revertidas como, por exemplo, o trajeto dos ligeirinhos e a reativação dos tubos dentro da cidade. “Tudo voltará a ser como era antes do dia 17 de fevereiro, a única diferença é que a partir de agora quem vai pagar essa conta será a Prefeitura e o Governo. Dessa forma estamos assumindo o transporte metropolitano na nossa cidade o que nos dá a segurança de que jamais essa integração voltará a ser interrompida”, destaca o prefeito municipal, Olizandro Ferreira.
Ainda segundo o prefeito, desde fevereiro, quando foi anunciado o fim da integração tarifária com Curitiba, a sua gestão tentou buscar uma solução que desse fim ao prejuízo que os usuários do transporte coletivo tiveram com essa mudança. Esses prejuízos foram, principalmente, financeiros pois, quem precisava ir a Curitiba tinha que pagar duas passagens, o que totalizava R$ 10,60 – ida e volta. “Foram várias reuniões com a COMEC, com a URBS, com o Governador, com o Prefeito de Curitiba, enfim, como representante do meu povo, fiz o meu papel e prometi a mim mesmo não sossegar enquanto não conseguisse reverter essa situação”, relembrou.
Na metade do mês de abril, Araucária e Curitiba chegaram a firmar um convênio que previa a implantação de dois linhões saindo dos bairros da cidade indo até o terminal do Pinheirinho. Porém, devido a algumas questões de ordem jurídica, não foi possível colocar estes ônibus em operação. “Essa seria uma medida paliativa de imediato. Mas não iria resolver o problema de 100% dos usuários. Por isso, nossa intenção sempre foi conseguir garantir o retorno da integração”, explica o prefeito de Araucária.
De acordo com a CMTC (Companhia Municipal de Transporte Coletivo), com o retorno da integração, além do pagamento em dinheiro, também serão aceitos os cartões da URBS e da CMTC e os vales em papel, Metrocard.
Foto: Carlos Poly/SMCS