Brasil

70% dos brasileiros acreditam que o desemprego vai subir

Chegando próximo de comemorar o Dia do Trabalhador, os brasileiros estão preocupados com o desemprego e a economia do país, segundo dados divulgados pelo Instituto Datafolha no sábado, dia11. A pesquisa revelou que para 70% dos brasileiros a taxa de desemprego no país deve subir. Apenas 10% dos entrevistados acreditam que a taxa sofrerá queda e 17% acham que vai ficar como está.

Também para 58% dos brasileiros, segundo a mesma pesquisa, a situação econômica do Brasil vai piorar. Em junho de 2013, período que antecedia as eleições, essa taxa era de 29%.

Para o economista José Pio Martins, os brasileiros têm razão de ficarem preocupados. Isto porque o número de pessoas desempregadas depende basicamente do volume de produção do país, que vem caindo nos últimos anos. “Como o produto brasileiro vem crescendo pouco, a ponto de não crescer quase nada nos dois últimos anos, as vagas abertas para contratação seguem dimdesempregoinuindo. Além disso, como os problemas da economia, sobretudo a inflação e o desemprego, seguem afetando o país, agravados pela confusão com a descoberta de corrupção em alta escala, há grandes chances de o produto brasileiro continuar baixo, logo, afetando o nível de emprego”, explica Pio.

Para especialistas, buscar renda extra em época de crise é essencial, por mais difícil que seja. O palestrante Daniel Godri Junior, especialista em gestão, marketing e vendas, diz que nestes momentos a criatividade é sempre bem vinda. “O brasileiro, por conta do passado econômico geralmente ruim, acostumou-se a empreender. Por isso, oportunidades sempre existem em períodos bons ou ruins. Nestes momentos mais difíceis devemos deixar florescer nosso lado empreendedor e apostar em negócios próprios como prestar serviços, comprar e vender coisas ou ainda empreender em alguma área”.

Para Godri Jr, a prestação de serviços sempre foi e sempre será uma grande alternativa em época de crise porque o investimento inicial necessário não é tão alto. Dar aulas, trabalhar com serviços de manutenção, prestar consultorias e abrir um próprio negócio são algumas das alternativas para quem está sem emprego.

Outro fator importante, segundo Daniel, é tentar não levar a demissão como algo pessoal. “Em tempos de crise econômica, normalmente os que saem primeiro não são os piores funcionários, mas aqueles que ganham mais. E geralmente ganha mais porque está há mais tempo na organização e possui cargo de destaque”, complementa.

Mas o especialista admite que o pior da crise nem sempre é a crise em si mesma. “A divulgação maciça de coisas negativas e ruins faz com que os empresários, investidores, indústrias e comerciantes pisem no freio em questões de investimento, expansão e crescimento. A sensação de um ambiente externo ruim gera insegurança, o que faz com que o dinheiro circule menos, o que cedo ou tarde agravará o problema econômico”.

Já do lado dos colaboradores, a insegurança gera uma falsa ideia de que a qualquer momento ele será demitido. “Isto faz com que o trabalhador perca o foco, procure alternativas durante o expediente e perca o entusiasmo e o comprometimento, o que também certamente contribuirá para que o temor torne-se realidade”, explica.

Várias instituições oferecem cursos profissionalizantes e gratuitos para quem deseja aprender coisas novas ou ter uma segunda profissão. “Esteja desempregado ou não, o profissional pode sempre aprender algo novo e transformar isso em profissão em tempos de crise e até inovar no ramo. Alguém que faz um curso de manicure e pedicure pode investir em atendimento a domicílio e, quem sabe, também fazer um curso de massoterapia para complementar o serviço. Basta ter criatividade e força de vontade para criar uma nova oportunidade de trabalho. Em meio a problemas sempre é bom pensar da melhor maneira possível sobre aquilo que lhe acontece”, conclui Godri Jr.

O economista Pio Martins fala ainda que as famílias devem se preparar para suportar os momentos difíceis na economia. “O melhor conselho é que busquem sempre construir reservas financeiras para suportar as dificuldades. O certo é fazer isso quando a maré da economia está boa e os salários estão crescendo. Quem não foi prudente na fase de maré alta, agora não escapará de apertos os cintos, rever gastos, organizar seu orçamento e cortar despesas. Se ainda é possível economizar e guardar dinheiro, o faça sempre será necessário”, ressalta.

Receba notícias no seu WhatsApp.

Leitores que se cadastrarem no serviço serão incluídos em uma lista de transmissão diária, recebendo no celular as principais notícias do dia.

Aécio Novitski

Idealizador do Site Araucária no Ar, Jornalista (MTB 0009108-PR), Repórter Cinematográfico e Fotógrafico licenciado pelo Sindijor e Fenaj sobre o número 009108 TRT-PR

Leia também

Botão Voltar ao topo

Notamos que você possui um
ad-blocker ativo!

Produzir um conteúdo de qualidade exige recursos. A publicidade é uma fonte importante de financiamento do nosso conteúdo. Para continuar navegando, por favor desabilite seu bloqueador de anúncios.