
Pela primeira vez o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva começam a aparecer nas investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. A empreiteira Camargo Corrêa, que faturou perto de R$ 3 bilhões em obras na Petrobrás de 2008 a 2013 doou R$ 3 milhões para o Instituto Lula e mais R$ 1,5 milhão para a LILS Palestras Eventos e Publicidade, de Luiz Inácio Lula da Silva, entre os anos de 2011 e 2013. Segundo mostrou a reportagem do Jornal Nacional, da Globo, foram três pagamentos de R$ 1 milhão cada registrados como Contribuições e Doações e Bônus Eleitoral para o Instituto, aberto por Lula após ele deixar a Presidência da República, em 2011. A revelação sobre o elo da empreiteira – uma das líderes do cartel alvo da Lava Jato – com Lula consta do laudo 1047/2015, da Polícia Federal, anexado nesta terça-feira, 9, nos autos da investigação. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o laudo tem 66 páginas e é subscrito pelo perito criminal federal Ivan Roberto Ferreira Pinto . A perícia foi realizada na contabilidade da Camargo Corrêa de 2008 a 2013, período em que a empreiteira recebeu R$ 2 bilhões da Petrobrás. O documento mostra que a construtora repassou R$ 183 milhões em “doações de cunho político” – destinadas a candidaturas e partidos da situação e da oposição.
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