Um princípio de rebelião no Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, deixou dois agentes penitenciários feridos no começo da tarde desta sexta-feira (16). De acordo com a Polícia Militar (PM), a confusão teria acontecido durante o horário de almoço na unidade. O CMP é conhecido por abrigar vários dos presos da Operação Lava Jato.
O coronel Arildo Medeiros Dias disse que um dos agentes foi atingido de raspão no pescoço por uma arma improvisada e mantido como refém. “Por sorte o agente foi ligeiro e passa bem. Ele organizava o almoço quando alguns presos tentaram segurá-lo. Com uma intervenção rápida e em conjunto das unidades da penitenciária, o agente foi libertado”, explicou.
Dias é comandante do Batalhão de Polícia de Guarda (BPGd) e comentou que as forças de segurança estão sempre em alerta para evitar fugas e rebeliões. “A tentativa de fuga é o dia a dia deles e cabe a nós tomar todas as medidas necessárias para impedir”, concluiu.
O agente penitenciário ferido foi encaminhado para o Hospital Evangélico, em Curitiba.
Já em relação ao segundo agente ferido, o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) informou que ele foi atendido e passa bem.
Nota
A Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) enviou uma nota sobre o motim. Confira na íntegra:
O Departamento Penitenciário do Paraná esclarece que no final desta manhã (16/08), durante a retirada de um detento para atendimento médico, houve uma tentativa dos presos da 3ª galeria do Complexo Médico Penal (CMP) de fazer um agente penitenciário como refém. No entanto, usando os protocolos de atuação e de segurança, a situação foi controlada em minutos, e a unidade está estabilizada.
O agente penitenciário, que teve escoriações leves, foi encaminhado para atendimento médico dentro do próprio CMP e passa bem. Outro agente, que também estava no local, também foi ferido, atendido e passa bem. O Depen informa ainda que a galeria em questão não está superlotada, ou seja, está dentro da capacidade.
Lava Jato
Os detentos da Lava Jato ocupam a galeria 6 da penitenciária. Entre os presos, estão o ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. Segundo as primeiras informações, a galeria não foi afetada pelo motim.
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