Polícia

Professora acusada de amarrar criança autista em escola de Araucária é solta com tornozeleira

Educadora é liberada e investigação inclui novo vídeo

A Justiça do Paraná determinou, nesta última quarta-feira (9), a soltura da professora acusada de imobilizar um menino de 4 anos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), amarrado a uma cadeira dentro do banheiro da escola particular Shanduca – Berçário e Pré-Escola, na cidade de Araucária.

Na denúncia recebida pelo Conselho Tutelar e pela Guarda Municipal de Araucária, a professora confessou ter imobilizado o menino, pois o pequeno estava muito agitado, o que, segundo ela, também estava causando inquietação nas demais crianças da sala.

Os conselheiros informaram ainda que a educadora declarou ter recebido autorização da pedagoga da escola para agir daquela forma. Durante o depoimento prestado na delegacia, a professora retida em flagrante, optou por permanecer em silêncio. Já pedagoga, esta que havia dado aval para a docente realizar tal ato, foi levada em conjunto para prestar depoimento, mas não ficou detida.

Após decisão tomada com o fim da audiência de custódia, o Ministério Público havia solicitado a conversão da prisão em flagrante em preventiva, mas a Justiça decidiu pela liberdade da professora com uso de tornozeleira eletrônica.

Posteriormente, através de um comunicado da escola em questão, foi declarado aos pais dos alunos que a instituição entrará em recesso.

Novo caso na mesma escola

Após a ampla divulgação do episódio, outro pai de uma aluna da mesma escola, Bruno Incott, recebeu imagens de sua filha de 3 anos, com as mãos amarradas a uma cadeira enquanto dormia. Segundo ele, a ação teria sido uma “punição” porque a criança beliscou um colega.

Ele entrou em contato com a advogada da família da pequeno que passou pela mesma situação e compartilhou as imagens de sua filha. Ainda não se sabe quem teria feito isso com a menina.

Disseram que ela beliscou outra criança e, por isso, amarraram ela. É algo que choca. A gente sempre busca o melhor para os nossos filhos e se depara com uma situação dessas. É muito triste.”, declarou o pai.

Segundo a advogada que representa as duas famílias, esse novo episódio será incluído no mesmo inquérito, permitindo que as investigações ocorram de forma conjunta.

Apurações em andamento

A delegacia responsável informou que deve ouvir nesta quinta-feira (10) a proprietária e a diretora da escola. As autoridades agora investigam quais procedimentos pedagógicos e de cuidado eram utilizados com crianças autistas pela instituição.

A polícia também apura se outras funcionárias ou pessoas presentes na escola tinham conhecimento das ocorrências e foram coniventes. Caso seja confirmada omissão, os envolvidos podem ser responsabilizados criminalmente, com penas que variam de um a quatro anos de prisão.

Com informações de g1

Madu Veiga

Uma universitária em jornalismo e amante do mundo. Esportes, cultura, rádio e telejornal são os temas que brilham os meus olhos. Se eu pudesse definir jornalismo na minha vida seria - realizar meu sonho levando informações ao mundo! <3

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