As duas empresas que tiveram ônibus depredados em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, estimam que o prejuízo pode chegar a R$ 190 mil. A manifestação dos passageiros aconteceu na manhã de segunda-feira (13). O ato foi motivado por mudanças na cobrança das passagens de ônibus.
A confusão começou quando muitos passageiros chegaram no Terminal Angélica e tentaram passar os cartões da Urbs, autarquia que cuida do transporte público em Curitiba. Porém, o convênio que a Urbs mantinha com a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) foi suspenso após impasses entre a prefeitura da capital e o governo do estado.
Segundo a Guarda Municipal, pelo menos um adolescente, de 16 anos, foi apreendido por atirar pedras em um dos ônibus. Para tentar conter os manifestantes, a Guarda fez uso de bombas e efeito moral e balas de borracha.
A nova forma de cobrança fez com que os passageiros de Araucária precisassem desembolsar R$ 5,80 para chegarem a Curitiba. O valor inclui R$ 2,50 que é pago para ir até o terminal e outros R$ 3,30, da passagem para chegar à capital. Antes disso, o valor cobrado era de apenas R$ 3,30, assim como quem usa o transporte na capital.
o terminal foi preciso fazer mudanças para implantar o novo sistema. Os passageiros agora saem dos ônibus interbairros de Araucária e precisam passar por outra catraca, para pagarem a passagem que os leva a Curitiba.
A nova tarifa passou a valer no dia 18 de fevereiro deste ano. Desde então, os passageiros já realizaram vários outros protestos. O valor para circular dentro da cidade é de R$ 2,50 para pagamento com o cartão transporte do município e R$ 3,30 para quem paga a passagem com dinheiro.
Restrições
Os passageiros também protestaram contra o fim o uso do cartão transporte na Região Metropolitana a partir desta segunda-feira (13). Eles só poderão fazer a integração se pagarem a passagem em dinheiro ou com passes de papel.
Segundo a determinação, os créditos que foram colocados no cartão da Urbs até o dia 6 de fevereiro, ainda podem ser usados nos ônibus da Região Metropolitana. Já as passagens compradas no cartão após essa data só podem ser usados nas linhas de Curitiba.
A mudança vai atingir os passageiros de 13 cidades, que utilizam o sistema integrado com a capital. A medida foi tomada pela Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), vinculada ao governo do estado. Inicialmente, os passes seriam cobrados a partir de 29 de março, mas a data foi alterada.
Em nota, o governo do Paraná informou que o vale transporte de papel é temporário e que em breve deverá ser lançado o cartão de transporte metropolitano.
“Apesar da separação financeira do sistema, a integração físico-operacional entre Curitiba e os 13 municípios da região metropolitana está mantida. Ou seja, o usuário metropolitano que embarcar em um ônibus da Rede Integrada de Transporte Metropolitano vai se deslocar até um terminal em Curitiba. O usuário vai descer dentro do terminal e poderá embarcar em outro ônibus, sem a necessidade de pagar uma nova passagem”, diz o texto completo.
Entenda sobre o fim da integração
Para garantir ao usuário de ônibus um preço único de passagem, o Governo do Paraná – por meio da Comec – e a Prefeitura de Curitiba mantinham um convênio que venceu em dezembro de 2014 e não foi renovado. Sem acordo entre as partes, a unificação das linhas de transporte urbano de Curitiba e Região Metropolitana acabou.
A partir de fevereiro, as responsabilidades sobre o gerenciamento do transporte passaram a ser divididas entre as esferas municipal e estadual. Os valores praticados na capital paranaense são de R$ 3,15 para pagamento com o cartão transporte e R$ 3,30 para quem pagar a passagem em dinheiro.
O preço da passagem de ônibus para as linhas metropolitanas que compõem a Rede Integrada de Transporte (RIT) é o mesmo de Curitiba – R$ 3,30. Para as linhas não integradas, no entanto, os valores são variáveis de acordo com o trajeto.
G1
Não é a primeira reportagem que vejo com este texto.. “… o usuário metropolitano que embarcar em um ônibus da Rede Integrada de Transporte Metropolitano vai se deslocar até um terminal em Curitiba. O usuário vai descer dentro do terminal e poderá embarcar em outro ônibus, sem a necessidade de pagar uma nova passagem”,… MAAAAS, vai lá em Contenda, pega o ônibus, que É administrado pela RIT e vê até onde se consegue ir com apenas uma passagem… Se o ônibus É administrado pela RIT, deveria fazer INTEGRAÇÃO com todos os ônibus e linhas da RIT, e, porque isso não acontece? Já fiz reclamação sobre isso na COMEC, na CMTC, na Prefeitura de Araucária, já questionei a Prefeitura de Contenda, e ninguém responde nada.