PSICOLOGIA NO AR: O inconsciente e sua finalidade

Por Andressa Kasecker

Foi Sigmund Freud quem criou a nomenclatura de inconsciente, segundo ele é o inconsciente que determina nosso comportamento durante toda a vida, ele manifesta-se em nosso dia a dia de formas variadas como por exemplo, nos sonhos, nos lapsos de memória, esquecimento  e intuições.

Nosso inconsciente tem como função principal proteção. Arquivando nossas vivências, ele tenta evitar nosso sofrimento e até mesmo situações dolorosas.  Alguns traumas vividos por nós, independente da faixa etária em que estamos e da qual o trauma aconteceu, ficam gravados e nos fazem agir de formas muitas vezes inesperadas, por exemplo: uma criança que perdeu seu pai em um acidente de carro e quando adulto, não consegue ou evita dirigir.

Jung, um importante psiquiatra, e no início de sua jornada seguidor de Freud, deu início a Psicologia analítica,  em seu livro “A dinâmica do inconsciente”, na página 191, define o inconsciente como: “O inconsciente retrata um estado de coisas extremamente fluido: tudo o que eu sei, mas em que não estou pensando no momento; tudo aquilo de que um dia eu estava consciente, mas de atualmente estou esquecido; tudo o que meus sentidos percebem, mas minha mente consciente não considera; tudo o que sinto, penso, recordo, desejo e faço involuntariamente e sem prestar atenção; todas as coisas futuras que se formam dentro de mim e somente mais tarde chegarão à consciência; tudo isto são conteúdos do inconsciente”.

O inconsciente é tudo aquilo que recebemos através dos sentidos, mas de que não estamos conscientes agora, por exemplo, você não estava prestando atenção ao contato da sua roupa em seu corpo, até que eu trouxe isto a sua consciência o lembrando.

O que tudo isto significa¿ Que cada um de nós, por possuirmos vivências diferentes, teremos visões diferentes perante qualquer situação. Afinal de contas as situações que passamos, são sentidas e experiênciadas apenas por nós mesmo, tendo um significado diferente para cada um. Por exemplo: Se você possui um amuleto da sorte, talvez para as outras pessoas não possua significado nenhum, mas quem sabe tal amuleto tenha sido um presente importante, ou então pertenceu a alguém amado, possuindo um significado enorme para quem o utiliza.

Fica então para nós o pensamento de que antes de julgarmos qualquer pessoa por suas atitudes ou situações, devemos primeiro, entender que a história de cada um é única, e por isso, cada um age de uma forma e responde de uma forma diante de situações específicas. Cada ser humano sente de um jeito, age de um jeito, ama de seu modo, tem gostos diferente, sofre de jeitos diferentes, e o mais importante, todos nós temos direito de sermos quem escolhemos.