
O empresário Danir Garbossa, que havia sido acusado de envolvimento na morte da fiscal de loja Sandra Maria Aparecida Ribeiro, no hipermercado Condor, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), foi absolvido. A decisão da Justiça, obtida pela Banda B, foi proferida na terça-feira (11).
O crime aconteceu em abril de 2020, durante a pandemia. Sandra era funcionária do hipermercado e morreu baleada durante uma confusão após Danir, que era cliente, se recusar a colocar máscara para entrar no estabelecimento.
De acordo com testemunhas, um segurança foi acionado para conter Danir, momento em que ocorreu um disparo, atingindo a funcionária.
Na sentença, a juíza Priscila Crocetti absolveu Danir Garbossa, mas determinou uma medida de segurança, que inclui, inicialmente, tratamento ambulatorial por três anos. “A periculosidade deverá ser avaliada periodicamente, a cada ano, ou a qualquer momento, conforme decisão do juízo da execução”, destacou.
O advogado de Danir, Ygor Nasser Salah Salmen, celebrou a decisão judicial, afirmando que essa sempre foi a versão verdadeira dos fatos.
“Desde o início, defendi a inocência do meu cliente e sempre sustentei com convicção que ele seria absolvido. Esse desfecho coroa todo o trabalho desenvolvido ao longo do processo. Infelizmente, naquele dia, ocorreu uma tragédia da qual meu cliente também foi vítima, sem sequer imaginar que enfrentava uma doença”, declarou Salmen.
O advogado ainda apontou que o verdadeiro responsável pelo ocorrido não está sendo devidamente punido. Segundo ele, o vigilante Wilhan Pinheiro Soares, de 27 anos, que estava armado no momento da confusão, deveria responder pelo caso.
“Sempre argumentamos que o único que deveria ser responsabilizado era o vigilante armado, que, de maneira equivocada, foi tratado como herói, quando na realidade é um assassino. Essa pessoa deveria estar presa e ser julgada pelo júri popular pelo que fez, pois não possuía preparo adequado para portar uma arma de fogo e jamais deveria estar naquela função”, afirmou Salmen.