
O acordo coletivo firmado entre a Urbanização de Curitiba (Urbs) e o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus (Sindimoc) prevê a troca gradual dos cobradores pela bilhetagem eletrônica no transporte coletivo. De acordo com o documento, os postos de trabalho serão garantidos por mais quatro anos, mas a Prefeitura de Curitiba já poderá iniciar a implantação do novo sistema. Com o acordo, o vereador Rogério Campos (PSC) apresentou um substitutivo geral ao projeto inicial da Prefeitura de Curitiba e a aprovação deve acontecer sem dificuldades.
No novo projeto, a palavra “exclusividade” da bilhetagem eletrônica foi retirada da redação, o que garante o compartilhamento do trabalho entre a bilhetagem eletrônica e os cobradores de ônibus, pelo menos nos próximos anos.
O vereador explicou a retirada desta única palavra muda a intenção final do projeto. “Antes o projeto dizia que, do dia para a noite, poderia se acabar com todos os postos de trabalho dos cobradores e os empresários poderiam se agarrar na desculpa de respeito às leis para a dispensa. Agora, com a retirada da palavra, podemos ter a bilhetagem, mas não de maneira exclusiva”, explicou.
Acordo
Segundo o Sindimoc, o acordo prevê também a qualificação dos cobradores para trabalho em outras funções. Quinhentos cobradores passariam por requalificações anuais, oferecidos pelo SEST/SENAT (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte). Depois de 14 de maio de 2023, seria mantida apena a quantidade necessária de cobradores para a operação do transporte coletivo.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) também participou do acordo. Na reunião, segundo o Sindimoc, definiu-se que até o dia 13 de maio de 2020, só serão desligados da função aqueles cobradores que forem contemplados com a sua aposentadoria ou aqueles que assumirem a função de motorista no transporte coletivo.
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