A aviação comercial brasileira está há quatro anos sem registros de acidentes fatais, o terceiro período mais longo na história do país. A ocorrência mais recente foi em 13 de julho de 2011, quando um Let L-410 da NOAR Linhas Aéreas caiu em Recife após a decolagem do aeroporto de Guararapes e vitimou 16 pessoas.
Esse intervalo com acidente fatal zero demonstra que voar a bordo de uma aeronave de uma companhia aérea brasileira é cada vez mais seguro. Nem sempre foi assim.
Entre 1938 e 1965, por exemplo, não houve um ano sequer sem esse tipo de ocorrência. Mais que isso. Houve anos em que o número de registros chegou a seis (1949, 1950 e 1958) e mesmo a sete (1951). Da década de 1990 para cá, entretanto, os períodos de hiato têm sido mais comuns. (veja infográfico abaixo)
“Quando atingimos níveis como esse, de uma sequência grande sem acidentes fatais, é porque todos os agentes dessa cadeia foram se aprimorando ao longo do tempo. No caso das empresas aéreas, muita coisa é implementada continuamente. O tempo todo estamos desenvolvendo ferramentas para melhorar a atividade operacional”, diz o diretor de segurança da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Ronaldo Jenkins.
É também uma questão de sobrevivência. Não há situação pior para uma empresa aérea do que um acidente com vítimas. O custo, não só financeiro, mas de imagem é tão grande que não vale a pena arriscar. Uma visão que mudou nos últimos anos, quando as operadoras deixaram de ser corporações familiares e entraram de vez em um mundo corporativo e com muitos interessados no retorno financeiro.
“Quando uma empresa aérea tem um acidente, gera um prejuízo muito grande. Tem seguro, indenizações, concorrência que rouba os passageiros. Quando isso acontece, ela reage e presta mais atenção à segurança. É subsistência”, opina o especialista em segurança de voo, Jorge Barros.
Não por acaso que dentro das companhias aéreas há um investimento alto em sistemas e procedimentos para monitorar as aeronaves. Qualquer situação fora do padrão operacional é rapidamente identificada e analisada para que as equipe de solo atuem de forma preventiva.
A prevenção, aliás, é o principal aliado para evitar os acidentes aéreos. Ela, no entanto, não pode ser exclusividade das companhias aéreas. As autoridades da aviação civil, administradores de aeroportos e órgãos de controle do tráfego aéreo precisam caminhar lado a lado.
Nem sempre, porém, é o que ocorre. A infraestrutura ainda é um gargalo a ser superado. É um dos fatores que poderia ter reduzido as consequências, por exemplo, do maior acidente da história da aviação comercial brasileira. Em 2007, um Airbus A320 da TAM não conseguiu frear durante pouso no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A pista curta, sem área de escape, pesou para o sinistro – outros fatores também contribuíram para o desastre.
É também uma questão de sobrevivência. Não há situação pior para uma empresa aérea do que um acidente com vítimas. O custo, não só financeiro, mas de imagem é tão grande que não vale a pena arriscar. Uma visão que mudou nos últimos anos, quando as operadoras deixaram de ser corporações familiares e entraram de vez em um mundo corporativo e com muitos interessados no retorno financeiro.
“Quando uma empresa aérea tem um acidente, gera um prejuízo muito grande. Tem seguro, indenizações, concorrência que rouba os passageiros. Quando isso acontece, ela reage e presta mais atenção à segurança. É subsistência”, opina o especialista em segurança de voo, Jorge Barros.
Não por acaso que dentro das companhias aéreas há um investimento alto em sistemas e procedimentos para monitorar as aeronaves. Qualquer situação fora do padrão operacional é rapidamente identificada e analisada para que as equipe de solo atuem de forma preventiva.
A prevenção, aliás, é o principal aliado para evitar os acidentes aéreos. Ela, no entanto, não pode ser exclusividade das companhias aéreas. As autoridades da aviação civil, administradores de aeroportos e órgãos de controle do tráfego aéreo precisam caminhar lado a lado.
Nem sempre, porém, é o que ocorre. A infraestrutura ainda é um gargalo a ser superado. É um dos fatores que poderia ter reduzido as consequências, por exemplo, do maior acidente da história da aviação comercial brasileira. Em 2007, um Airbus A320 da TAM não conseguiu frear durante pouso no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A pista curta, sem área de escape, pesou para o sinistro – outros fatores também contribuíram para o desastre.
Gazeta do Povo