
A greve nacional dos bancários completa nesta terça-feira (4) 29 dias e amanhã(5) a paralisação deve se igualar à maior dos últimos anos, ocorrida em 2004, quando os bancários cruzaram os braços por 30 dias. A greve mais longa da história da categoria aconteceu em 1951 quando durou 69 dias. E, até o momento, não há possibilidade de acordo. Não há nenhuma rodada de negociação agendada entre bancários e banqueiros nos próximos dias. Ontem (3), houve assembleias em todo o país, mas apenas para avaliar a paralisação.
Mais de 80% dos bancários de Curitiba e região permaneciam em greve nesta segunda-feira, segundo o sindicato da categoria. Na capital paranaense, são 361 agências paralisadas, além de nove Centros Administrativos e cinco financeiras.
Na última negociação, que aconteceu no dia 28 de setembro, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) manteve pela terceira vez consecutiva a proposta de 7% de reajuste para este ano, mais abono de R$ 3.500, e ofertou 0,5% de aumento real para 2017. O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta em mesa, por representar perdas aos trabalhadores. A categoria reivindica reajuste de 14,78% (inflação do período mais aumento real de 5%), Participação nos Lucros e Resultados de três salários mais R$8.317,90 de parcela fixa adicional, piso de R$3.940,24 (mínimo do Dieese) e 14º salário.
“Este ano, os bancos estão tratando os trabalhadores com ainda mais descaso. A intransigência dos banqueiros demonstra que eles estão dispostos a golpear os direitos dos bancários, colaborando com o ajuste fiscal promovido pelo atual governo. Esta conta não é nossa e não vamos pagar pela crise”, avalia Elias Jordão, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região.
BandaB