
Cerca de 300 funcionários da Repar, refinaria da Petrobras em Araucária, estão em greve desde a zero hora do último sábado.
Segundo o Sindipetro PR/ SC, que representa a categoria, a produção de combustíveis na unidade só não foi interrompida porque a Petrobras deslocou pessoas de outras funções, que não aderiram ao movimento, para trabalhar no refino. “Eles estão dormindo lá desde a última sexta. Enquanto um dorme, o outro cuida, a situação é precária. Agora: não sei quanto tempo aguentam”, diz o presidente do Sindipetro-PR/SC, Mário Dal Zot.
Segundo o sindicalista, uma reunião hoje vai reavaliar a manutenção da greve, devido aos perigos dessa situação provisória. “Além de não deixar faltar os produtos, temos que nos preocupar com a segurança”, afirma.
O motivo da greve é justamente a questão de pessoal. Segundo Dal Zot, a nova gestão da Petrobras tem feito cortes de funcionários “de forma unilateral”, medida que, de acordo com o sindicato, aumenta os riscos aos funcionários e aos moradores no entorno da refinaria.
Usina do xisto
Ontem foi suspensa uma greve na usina de xisto de São Mateus do Sul, na região Sul do Paraná. Deflagrada pelo mesmo motivo – a redução de postos de trabalho –, a paralisação também havia começado na zero hora do último sábado, quando o turno na unidade deixou de ser substituído. A Petrobras foi procurada, mas ainda não havia se manifestado até a noite de ontem