Polícia

Lula aguarda finalização de processos em Curitiba

Os dois últimos processos a que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) responde na Justiça Federal em Curitiba estão em fase de conclusão. O que tem a tramitação mais avançada é o que apura se ele foi beneficiado pela Odebrecht com a compra de um terreno para o Instituto Lula, que nunca foi usado para essa finalidade, e de um apartamento em São Bernardo do Campo, vizinho ao imóvel onde o ex-presidente morava. A outra ação penal trata de supostos benefícios concedidos ao ex-presidente Lula pelas empreiteiras Odebrecht e OAS em reformas de um sítio em Atibaia, no Interior de São Paulo.

Terreno e apartamento

O processo do terreno e do apartamento, em que Lula é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, está pronto para que a sentença seja formulada e divulgada. Na denúncia, o Ministério Público Federal alega que um apartamento vizinho ao de Lula foi comprado pelo empresário Glaucos da Costamarques, com dinheiro da Odebrecht. Costamarques é primo do pecuarista José Carlos Bumlai, que era amigo de Lula. O ex-presidente alugava o imóvel desde que chegou à Presidência.

Lula apresentou recibos do aluguel, mas Costamarques diz que todos foram assinados em uma única vez, em novembro de 2015. O processo também investiga a compra de um imóvel de R$ 12 milhões que seria destinado ao Instituto Lula. A entrega nunca foi efetivada. O processo tem mais sete réus.

Sítio de Atibaia

O processo do Sítio de Atibaia encerrou a fase de audiências com os interrogatórios de Bumlai e de Lula na última quarta-feira (14) (Veja a íntegra). Agora, é possível que sejam pedidas as chamadas diligências completares, para esclarecer questões obscuras do processo. Em seguida, são abertos prazos para alegações finais das defesas dos 13 réus da ação penal e da acusação. Quando os documentos forem entregues por escrito, o processo estará pronto para sentença.

O ex-presidente é acusado de ter sido beneficiado por reformas no sítio que custaram R$ R$ 1,020 milhão. O valor soma gastos custeados pelo empresário José Carlos Bumlai, pela Odebrecht e pela OAS. Lula sustenta que não é dono do sítio, que está registrado em nome dos empresários Jonas Suassuna e Fernando Bittar.

A defesa do ex-presidente afirma que ele apenas frequentou o local, com familiares, como convidados da família Bittar – em razão de uma amizade de mais de 40 anos.

Triplex

Lula respondeu ainda a um outro processo, no caso do triplex do Guarujá. Ele foi condenado a 12 anos e um mês de prisão, que está sendo cumprida desde 7 de abril.

Bem Paraná – 16/11/2018

Receba notícias no seu WhatsApp.

Leitores que se cadastrarem no serviço serão incluídos em uma lista de transmissão diária, recebendo no celular as principais notícias do dia.

Aécio Novitski

Idealizador do Site Araucária no Ar, Jornalista (MTB 0009108-PR), Repórter Cinematográfico e Fotógrafico licenciado pelo Sindijor e Fenaj sobre o número 009108 TRT-PR

Leia também

Botão Voltar ao topo

Notamos que você possui um
ad-blocker ativo!

Produzir um conteúdo de qualidade exige recursos. A publicidade é uma fonte importante de financiamento do nosso conteúdo. Para continuar navegando, por favor desabilite seu bloqueador de anúncios.