Por Aécio Novitski / Da redação
No último dia 15 de março, foi anunciada pelos prefeitos de Araucária e Curitiba uma possível solução para a integração entre as duas cidades. O acordo previa que, inicialmente, duas linhas que fazem o transporte local em Araucária fossem estendidas até o Terminal Pinheirinho, onde o usuário poderia fazer integração seguindo para qualquer ponto de Curitiba sem pagar nova passagem. Na prática, a parceria entre os dois municípios restabeleceria a integração em Araucária, onde o transporte foi desintegrado a partir do momento em que a Comec assumiu, em fevereiro, o gerenciamento do transporte metropolitano, antes feito pela Urbs. Segundo as prefeituras a linha iria funcionar em até 10 dias.
Nossa redação recebeu vários questionamentos de usuários perguntando sobre a nova linha anunciada. Em vários comentários os usuários argumentam que os dez dias já se passaram e nada foi feito. Nossa redação entrou em contato com a Prefeitura municipal que nos informou que uma série de impasses não estão permitindo que a nova linha entre em operação. Uma delas é a ameaça da empresa Araucária TC entrar na justiça bloqueando o novo trajeto, já que a empresa é a única habilitada para realizar viagens para fora do município.
Ainda segundo a Prefeitura municipal, reuniões estão sendo realizadas com a COMEC e a proposta da volta total da integração está sendo discutida, assim a CMTC arcaria com 50% do valor destinado ao transporte metropolitano e a integração voltaria como era no início do ano. Nossa redação tentou contato com a COMEC que não retornou nossos e-mails. Abaixo segue a nota oficial da Prefeitura de Araucária.
NOTA OFICIAL
Em relação ao acordo entre a Prefeitura de Araucária e a Prefeitura de Curitiba para a criação dos linhões integrando a tarifa entre os dois municípios, esclarecemos que: – A empresa que gerencia o transporte metropolitano, a Araucária Transporte Coletivo, avisou que apelará à justiça caso a Prefeitura de Araucária autorize a Viação Tindiquera a estender o trajeto dos linhões até terminais de Curitiba, sob a alegação de que somente a mesma tem a concessão para explorar o transporte metropolitano; – No último dia 23 o prefeito Olizandro Ferreira se reuniu com o comando da COMEC em busca de uma solução para este novo impasse. Na ocasião, o prefeito propôs dividir os custos da integração com a COMEC, retomando o modelo anterior de integração tarifária, para que tudo voltasse a ser como antes de fevereiro; – Desta forma, a prefeitura arcaria com 50% do valor destinado ao transporte metropolitano, algo em torno de R$700 mil por mês; – Até o momento a COMEC não deu um parecer oficial sobre esta última reunião.