Na manhã desta quinta-feira (08), a Prefeitura de Araucária realizou um evento que ressaltou a importância do resgate e da preservação da memória da imigração polonesa no município e no país. Durante a solenidade no Salão Nobre, a administração municipal apresentou algumas propostas de apoio a essa valorização da memória local. O evento, que contou com representantes da comunidade polonesa e da cônsul-geral interina da Polônia, Dorota Bogutyn, ocorreu na semana em que se celebra o nascimento de Romão Wachowicz, falecido em 1991; personalidade de grande contribuição cultural ao município.
Da parte da Prefeitura, o apoio à valorização local teve duas propostas anunciadas no evento. A primeira é de que o antigo casarão na rua Doutor Júlio Szymanski, que por muitos anos abrigou a sede da Secretaria Municipal de Agricultura (SMAG), possa ser um Arquivo e Museu Histórico da colonização polonesa. O local também deve virar sede da Associação Dom Ludowy (traduzido como “Casa do Povo”), uma associação que está sendo constituída (também com apoio da Prefeitura) para preservar a memória polonesa. O mesmo casarão já foi sede da Sociedade Dom Ludowy, entidade que dava apoio, orientava, protegia e ajudava a inserir o imigrante polonês que aqui chegava à realidade brasileira.
A segunda proposta da Prefeitura é no sentido de solicitar à família de Romão Wachowicz a autorização para uma reedição do livro “A saga de Araucária”, visando que a obra possa chegar, por exemplo, aos estudantes do município. Romão Wachowicz foi homenageado ao ter seu nome dado ao parque onde se encontra o Memorial da Imigração Polonesa, memorial inaugurado em 1995 na região do Passaúna. O historiador Ruy Wachowicz e o ex-prefeito Rízio Wachowicz também foram lembrados na solenidade.
A cônsul-geral interina da Polônia, Dorota Bogutyn, destacou que Araucária, para ela, tem um sentido duplo. O primeiro é que lembra a “linda árvore símbolo do Estado”, como se referiu. Já o segundo sentido remete à contribuição dos poloneses para o desenvolvimento da cidade. Segundo ela, “Araucária é lugar de hospitalidade, de acolhimento”.
Pela ocasião do evento, o Salão Nobre também recebeu livros, objetos, fotos e reprodução de documentos históricos que mostram a cultura e a tradição dos imigrantes poloneses que chegaram a Araucária. Os materiais foram disponibilizados pelo Arquivo Histórico do Paraná, pela Universidade Federal do Paraná, pelo Museu Tingüi-Cuera (de Araucária) e pelo Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres (também de Araucária).
Prefeitura de Araucária