
Um taxista entregou a direção do carro para uma adolescente, na manhã deste domingo (28), e a situação terminou com um acidente, no Parolin, em Curitiba. Segundo a Polícia Militar (PM), o motorista do táxi, de 42 anos, já tinha batido contra outro veículo, antes de trocar a direção com a menina. A adolescente, de 17 anos, colidiu contra um poste. Ninguém se feriu gravemente.
“A passageira pediu para conduzir o táxi e eu liberei. Não a conhecia, foi um acaso. Faz cinco anos que trabalho assim e foi uma burrada que eu fiz. Estava trabalhando desde ontem a noite. O carro não é meu e o seguro está atrasado”, disse o taxista.
O sargento Gilmar, do Batalhão de Polícia de Trânsito (Bptran), informou que a primeira batida aconteceu perto da colisão contra o poste. “O que apuramos é que a 500 metros daqui ele já tinha se envolvido em um acidente. Após isso, a menina disse que pegou o veículo, alegando que o condutor do táxi estava embriagado. Ela, não vencendo a curva, bateu no poste”, explicou o sargento.
O tenente Picoloto, do Corpo de Bombeiros, contou que, quando a equipe chegou ao local, a dupla estava fora do veículo e não quis ir ao hospital. “As vítimas já estavam fora do veículo. Não pudemos verificar quem era o condutor, pois uma falava que o condutor era outro. As duas vítimas recusaram ser encaminhadas ao hospital”, esclareceu.
Outra versão
O motorista não foi convidado a fazer o teste do bafômetro, pois quem estava na direção do táxi era a adolescente. “Ela ingeriu bebidas alcoólicas, infelizmente liberei o carro e aconteceu isso aí. Eu não fiz o teste do bafômetro, pois ela estava dirigindo. Mas acabou que eu que fui o culpado da situação. Agora é consertar o carro e trabalhar de novo”, lamentou o taxista.
A adolescente, que também não será identificada, disse que assumiu a direção porque o taxista estava embriagado. “Eu tomei dois goles da bebida, mas ele estava muito alterado. Fiquei com muito medo que ele batesse o carro de novo e peguei o táxi”, contou ela.
Delegacia
O sargento do Bptran explicou que a ela será encaminhada até a Delegacia do Adolescente, onde será realizado o teste do bafômetro com a presença da Polícia Civil (PCPR) e uma autoridade judiciária, por ser menor de idade.
“Ela se identificou como adolescente, e conferimos que ela é de menor. Por isso, ela será encaminhada à Delegacia do Adolescente e o bafômetro será feito junto a Polícia Civil, para que os direitos dela sejam preservados”, esclareceu Gilmar.
O taxista poderá ser intimado para esclarecer o motivo de ter autorizado uma adolescente a dirigir o veículo.
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