
Durante a inauguração do Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Híbrida Flex e o anúncio de contratações da Stellantis, nesta terça-feira (11), em Minas Gerais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez declarações sobre a relação comercial entre Brasil e Estados Unidos, mencionando o ex-presidente americano Donald Trump.
Em seu discurso, Lula criticou possíveis pressões externas e destacou sua postura firme frente a medidas que considera prejudiciais à economia brasileira. “Não adianta o Trump ficar gritando de lá, porque eu aprendi a não ter medo de cara feia. Fale manso comigo, fale com respeito, porque eu aprendi a respeitar as pessoas e quero ser respeitado. É assim que vamos governar esse país”, afirmou o presidente.
A relação comercial entre Brasil e EUA tem sido marcada por divergências. Recentemente, Trump defendeu medidas tarifárias sobre o aço e o etanol brasileiro, o que gerou reações do governo Lula. O presidente brasileiro já havia criticado a postura americana, afirmando que os EUA “não são os xerifes do mundo” e sugerindo que o Brasil poderia adotar medidas retaliatórias. “Se taxar o aço brasileiro, vamos agir comercialmente. Ou vamos denunciar na Organização Mundial do Comércio ou vamos taxar produtos importados deles”, disse Lula no mês passado.
Além das questões internacionais, o presidente também abordou a economia nacional, garantindo que o governo seguirá trabalhando para fortalecer o mercado de trabalho e controlar a inflação. “Podem ter certeza, a economia brasileira vai continuar crescendo, a gente vai continuar gerando emprego, a inflação vai baixar. Fizemos a maior política tributária que esse país já viu na história, e todo mundo vai ganhar. Nós não queremos o Brasil para nós, queremos o Brasil para vocês”, declarou.
Apesar do otimismo de Lula, os dados mais recentes da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostram que a inflação na cidade de São Paulo registrou alta de 0,79% na primeira quadrissemana de março, acelerando em relação ao índice de 0,51% de fevereiro. O governo segue monitorando os indicadores para garantir o cumprimento das projeções econômicas.