Cerca de 500 moradores das comunidades de Socorro, Tabuleiro e Piteiras, em Barão de Cocais (MG), a 100 quilômetros de Belo Horizonte, foram retirados de suas casas na madrugada desta sexta-feira, 8, por causa da Barragem Sul Superior da Mina de Gongo Seco, da Vale.
Em Itatiauçu (MG), no distrito de Pinheiros, os moradores também receberam ordens de evacuação por causa do risco em uma barragem da produtora de ação Arcelos Mittal MT.AS. O plano de emergência foi acionado pela Agência Nacional de Mineração (ANM) e houve toque de sirenes para avisar a população das duas cidades.
Ainda não está claro qual o risco oferecido pela estrutura da Mital.
A Vale afirma que deu início ao nível 1 de seu Plano de Ação de Emergênci de Barragens de Mineração e que a medida é preventiva, tomada após uma consultoria internacional, a Walm, negar a Declaração de Estabilidade à estrutura da mina Congo Soco.
Em entrevista à rádio BandNews FM, o prefeito da cidade, Décio Geraldo dos Santos, disse que a barragem está desativada e não se rompeu. Informou que as pessoas foram levadas para escolas e um ginásio poliesportivo, onde ficarão acomodadas temporariamente.
A ação ocorre duas semanas depois do vazamento da barragem da Vale em Brumadinho, que fica a 140 quilômetros de Barão de Cocais.
A prefeitura de Barão de Cocais informou, em nota, que foi acionado o nível 2 de risco da barragem. A decisão foi tomada diante de observações e monitoramentos feitos pela Agência Nacional de Mineração, a Defesa Civil do estado e do município e pela empresa Vale.
De acordo com a nota, a informação até agora é de que há um desnível na estrutura. Seguindo recomendações da mineradora e dos órgãos do setor mineral, os moradores das comunidades do Socorro e áreas próximas foram retirados em ônibus da Vale e veículos de apoio. A retirada foi feita por precaução, diz a nota.
Os moradores foram encaminhados para o Ginásio Poliesportivo da cidade, onde ficarão abrigados temporariamente.
Bem Paraná