A professora de 28 anos de uma escola particular em Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba, acusada de abusar de um garoto de 13 anos teria prometido assumir o relacionamento com o aluno daqui a cinco anos. Apaixonado, o garoto confessou em depoimento à Polícia Civil que ambos mantinham uma espécie de ‘namoro’ e que houve relações sexuais entre eles. “Coloquei ele nessa escola achando que ele estaria seguro, mas estava errada”, disse a mãe à Banda B.
Para o advogado da família Leonardo Buchmann, não há dúvidas de que a professora poderá responder por estupro de vulnerável. “Houve conjunção carnal e sexo oral entre eles. Não há dúvidas. O crime de estupro de vulnerável é tido pelo legislador como aquele sendo menor de 14 anos, ela utilizou dessa vulnerabilidade do menino, seduziu e fez com que ele se apaixonasse para que praticasse atos sexuais. Ele estava apaixonado e para ele estava tendo um relacionamento amoroso”, contou.
Segundo o depoimento do menino, a professora pedia prints na tela para provar que ele havia apagado as mensagens. O advogado contou o garoto confidenciava o que acontecia entre ele e a professora para um primo. “Da mesma idade, que estuda no mesmo colégio, ele dizia que era namorado dela. Mas, ele sabia que era errado pela conduta dela, inclusive, em uma das mensagens, ele relata para a professora que a mãe estava desconfiada do celular e a professora diz que ele não poderia vacilar em casa, que não poderia deixar que ninguém visse e que ela iria assumi-lo quando fosse maior de 18 anos”, descreveu Buchmann.
O garoto passou a ter dimensão dos abusos há pouco tempo, segundo a mãe. “Ele está tendo dimensão do problema, agora. Está mais abalado e troquei ele de escola, preferi assim. Eu espero justiça e eu confio nela, esse tipo de atitude não pode ficar impune. Ela sabia muito bem o que estava fazendo, não é porque ele é um menino que a situação é diferente”, disse a mãe.
A família optou em trocá-lo de escola para que ele não perdesse o ano por faltas, já que, desde o depoimento da professora, ele não frequentava as aulas. “Minha vida mudou totalmente porque a gente não imagina passar por isso, ainda mais dentro de uma escola”, disse a mãe do menino à Banda B, na manhã de hoje (31).
Ela contou que passou a observar o filho, após notá-lo que estava mais quieto. “Meu filho estava com essa celular há pouquíssimo tempo, foi dado a ele para fazer trabalho de escola, pesquisas, e eu percebi que ele estava trocando mensagens, junto com isso, ficando mais isolado, menos falante e eu comecei a observar”, disse.
Foi quando surgiu a oportunidade de ver o celular do menino e notar que havia conversas entre ele e a professora. “Eu fiquei de perplexa com o que eu li. Pra mim, como mãe era chocante. Tinha conteúdo pornográfico, os palavreados, a forma que ela falava com ele parecia querer dominá-lo”, descreveu a mãe.
Diante da descoberta, o menino se calou, segundo a mãe. “Ela falava pra ele que, se alguém soubesse, ela iria negar. Ela manipulou ele, a forma como ela fez, mandando ele apagar as coisas, se certificava de que ele tinha apagado tudo. Eu não consigo explicar minha indignação por ela ter seduzido ele nesse contexto”, finalizou.
O garoto deve iniciar acompanhamento psicológico ainda nessa semana. O Ministério Público do Paraná (MPPR) ainda não se manifestou sobre o caso.
BANDAB