Em greve há uma semana, os trabalhadores da educação pública do Paraná definem na tarde desta terça-feira (5) se permanecem ou não em greve. A paralisação teve início em protesto ao projeto que promovia mudanças no regime próprio da Previdência, que terminou aprovado na Assembleia Legislativa mesmo com cenas de guerra do lado de fora. De acordo com estimativa do sindicato que representa a categoria, APP-Sindicato, cerca de dez mil educadores devem participar do ato no Estádio Durival de Britto e Silva. Antes, uma marcha deve acontecer a partir das 9h na Praça 19 de dezembro em direção ao Palácio Iguaçu.
Aos estudantes, ainda não há uma data certa para o calendário voltar ao normal. Mesmo que haja deliberação pelo fim da greve, diretores não dão indícios de que as aulas podem ser retomadas ainda nesta semana.
Pelas redes sociais, são vários os eventos e categorias mobilizadas. Os demais participantes terão acesso a uma área de visitantes ao estádio do Paraná Clube. A assembleia está marcada para acontecer a partir das 14 horas.
Irregular
O Tribunal de Justiça do Paraná considerou a greve irregular e ampliou o valor da multa diária de R$ 20 mil para R$ 40 mil em caso de descumprimento da decisão por parte da APP-Sindicato.
A APP confirmou que recebeu a notificação. O documento foi reconhecido pela diretoria há dois dias. “Nós já fomos notificados, estamos no segundo dia da multa, já recorremos por meio de uma agravo, mas ainda não recebemos resposta judicial”, disse a secretária educacional da APP, Walquíria Olegário Mazeto.
Convocação por ‘black blocs’
Entre os grupos que convoca servidores está o dos ‘black blocs’, que foram responsabilizados pelo governo do estado como responsáveis pelo confronto no Centro Cívico. A convocatória não é direta para o grupo, mas sim para todos aqueles que são contra “os desmandos do governador Beto Richa”.
“Não podemos deixar passar em branco, é hora da população ocupar as ruas e praças, unir forças e respeitar as diferenças. Devemos deixar claro para elite e o poder vigente que uma agressão contra um de nós é uma agressão contra todos nós e que o povo vai passar a reagir a esses desmandos, e que estaremos protestando sim, quantos dias e por tantos motivos tivermos, só a luta dos de baixo derrubará os de cima!”, diz a nota.
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