
O projeto de lei que concede 3% de reajuste para os servidores públicos municipais está na pauta de votação desta segunda-feira, 26, na Câmara de Curitiba. O Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc) promove a paralisação para protestar contra o índice. Os servidores querem reajuste de 9,48%, referente à inflação do período. O projeto de lei ainda fixa em definitivo a data-base para o mês de outubro.
A mudança é criticada pelos sindicalistas, que afirmam que o objetivo da mudança é de evitar protestos em anos eleitorais. Nestes anos, a lei eleitoral já proíbe reajustes acima da inflação 180 dias antes da data da votação. Assim, uma data-base em outubro enfraquece o movimento sindical desde abril – já que um aumento salarial não seria mesmo mais possível. Duas emendas foram apresentadas contra essa mudança. Elas serão votadas em plenário. As comissões de Economia e de Serviço Público da Câmara se reuniram aprovaram na semana passada o projeto, depois de um pedido do prefeito Rafael Greca, do PMN, para acelerar a tramitação.
O reajuste de 3% incidirá nos salários de novembro e dezembro, com impacto orçamentário de R$ 18,9 milhões no ano, e de R$ 102 milhões em 2019. Segundo parecer da Secretaria Municipal de Finanças, assinado por Caio Zerbato, são “valores suportados pelo Município, a partir das projeções de despesas e receitas até o final do exercício de 2018 e nos dois anos subsequentes”. A prefeitura diz que vai rodar uma folha salarial suplementar para conceder a correção ainda em novembro.
Bem Paraná- 26/11/2018