
Representantes de segmentos da sociedade civil e poder público, além de moradores, participaram no sábado (25) da Conferência do Plano de Mobilidade de Araucária. O evento, que ocorreu na Câmara Municipal, teve por objetivo aprovar propostas de adequação, complementação e aprovação da legislação urbanística relativa ao Plano de Mobilidade, com base em estudos e discussões já realizados. As propostas aprovadas serão encaminhadas para a Câmara Municipal onde, após tramitação, devem se tornar lei.
A conferência teve três enfoques: a Lei da Política Municipal de Mobilidade; Lei de Diretrizes e Hierarquias do Sistema Viário; e Lei do Plano de Ação e Investimentos do Plano de Mobilidade de Araucária. Com isso, Araucária passará a contar com uma série de diretrizes e compromissos a serem realizados pelo município nos próximos anos visando a melhoria na mobilidade.
Palestra – Visando aprofundar a reflexão sobre “Mobilidade Urbana e Planejamento das Cidades”, a arquiteta e urbanista Priscila Zanon Monteiro começou sua palestra explicando que quando se fala em “mobilidade” estamos falando em “circulação” e quando se usa “acessibilidade” trata-se de “acesso” ou da “possibilidade de circular”. De acordo com a apresentação, há três funções básicas da cidade: morar, trabalhar e recrear. Mas para se fazer uso dessas funções é fundamental a mobilidade.
A arquiteta comentou que mais de 40% do deslocamento é realizado à pé, um percentual expressivo que mostra a importância de se pensar no deslocamento dos pedestres. Cerca de 8% dos deslocamentos são por bicicleta, destes, 50% são como meio de transporte para ir ao trabalho ou à escola, por exemplo. Tal informação contraria a ideia geral de que bicicleta é utilizada apenas lazer. Já quanto aos carros, Priscila destacou que a região metropolitana de Curitiba tem a maior taxa de carros por pessoa no Brasil e se contrapôs à ideia de que o carro e moto seriam a solução para transporte. O transporte coletivo, segundo ela, deve facilitar a mobilidade e a acessibilidade urbana.
smcs